Deputados debatem impactos gerados pela construção da UHE Colíder

Colíder

01/05/2015 às 17:50

Autor: Angela Fogaça

Uma audiência pública foi realizada ontem,na Câmara Municipal, para debater os impactos sócioeconomicos da construção da usina UHE Colíder. Participaram do evento os deputados Pedro Satélite, Oscar Bezerra, Nininho e Silvano Amaral.

Solicitada pelo deputado Pedro Satélite (PSD), a Audiência Pública da Assembleia Legislativa, contou ainda com a participação de autoridades locais, como o prefeito Nilson Santos, o presidente da Câmara Municipal Odair José de Oliveira e vereadores, além de representantes da Companhia Paranaense de Energia (Copel), responsável pelo empreendimento.

A intenção segundo Satélite, foi  esclarecer pontos sobre as responsabilidades da Copel para com os municípios impactados pela construção da usina. “Os gestores municipais são unânimes em afirmar que desde início das obras, enfrentam sérios problemas para manter atendimentos nas áreas da saúde, educação, segurança e no desenvolvimento urbano. Provocado em grande parte, pelo aumento populacional repentino e a consequente escassez de recursos. O que queremos é encontrar um equilíbrio, para diminuir esses impactos”, afirmou. Segundo ele, essas empresas faturam milhões e não querem contribuir com a sociedade.

O deputado Oscar ressaltou que é muito cômodo para as empresas se não forem pressionadas para entrar com o aporte necessário, se isentaremda responsabilidade. “As negociações tem que ser bem amarradas. Colíder muitas vezes acabou não pressionando o suficiente e com essa audiência queremos fazer com que a empresa tenha mais comprometimento”, disse.

O deputado Nininho disse que os deputados, prefeito e vereadores precisam se preocupar com as conseqüências que ficaram após a conclusão dessa obra. “Temos que achar uma solução para os pescadores que ficaram prejudicados também”.

O prefeito Nilson Santos disse que mesmo estando na reta final a construção da usina, esse tipo de audiência é bem vindo. “Que a Copel possa ver de uma forma diferente e que possamos juntos chegar ao melhor pela nossa cidade. A participação da assembléia aqui é importante, o assunto passa a ser abordado a título de Estado”, pontuou.

Para o presidente da Câmara, Odair José de Oliveira. “O município de Colíder acabou perdendo muito em virtude da construção da usina. Migraram muitas pessoas para o município e não houve nem um suporte compensatório para contribuir”, apontou.

No início da obra, a Copel assegurou aos gestores dos municípios de Colíder, Nova Canaã do Norte e Itaubá, o repasse no valor de R$ 6 milhões, para serem investidos na minimização dos impactos socioeconômicos.  Os valores seriam distribuídos de acordo com o tamanho das áreas alagadas pelo reservatório da usina, totalizando aproximadamente 143,5 km². O deputado acredita que esse valor pode ter sido subestimado, e cobra da Estatal a apresentação dos estudos de impactos sociais e o cronograma de repasses.

Durante a audiência foi debatido ainda, o impacto ambiental gerado pela obra, as respectivas compensações e o novo prazo de conclusão, que passou de 2015 para 2017.

“Tenho conhecimento que a estatal paranaense está tentando se isentar da reposição florestal e do pagamento de impostos ao Estado pela retirada de cerca de 700 mil metros cúbicos de madeira da área a ser a alagada. Se isso realmente está acontecendo nós precisamos de respostas, afinal estamos falando de uma obra construída com recursos públicos, é nosso dever fiscalizar”, relatou o deputado.

A obra - Orçada em aproximadamente R$ 1,5 bilhão, recurso do BNDES, a Usina Hidrelétrica de Colíder, começou a ser construída em 2011, com previsão inicial de entrar em operação este ano. Mas devido a diversos problemas entre eles a falta de licença ambiental. A Copel solicitou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que o prazo de conclusão seja estendido para 2017. Quando entrar em funcionamento, estima-se uma geração energética de 300 megawatts (MW).

Fonte: Nortão Online


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